Somos mulheres indígenas, camponesas, afrodescendentes, quilombolas e precárias urbanas, defensoras do meio ambiente e do território. Mulheres que lutam contra os megaprojetos do extrativismo e os efeitos da crise climática, promovendo práticas de cuidado com a terra, o território e os bens comuns, e uma vida livre de violência e focada no bem viver.

Integramos comunidades, movimentos, organizações e redes de diferentes países da América Latina: México, Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Equador, Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.

O contexto social, político e económico dos nossos territórios é alarmante e violento, não só pelos graves efeitos da crise climática, mas também pelo modelo de desenvolvimento económico hegemónico: capitalista, patriarcal e colonialista. O avanço dos megaprojectos extrativistas, a implementação de políticas neoliberais e a pressão de grupos anti-direitos afetam o nosso povo e as nossas comunidades, mas principalmente as mulheres, os jovens e as crianças.

Como movimento ambientalista e feminista, buscamos gerar uma mudança sistêmica, onde a visão de mundo do bem viver, a proteção dos corpos/territórios e o papel fundamental da mulher sejam os pilares desta nova visão de mundo do cuidado.

  • A desapropriação e despejo de nossos territórios por megaprojetos extrativistas e outras atividades de exploração de ativos naturais como desmatamento, poluição mineira, avanços na fronteira agrícola, extração de hidrocarbonetos, entre outras.
  • Nenhum ou pouco acesso aos direitos à terra, ao território, aos bens comuns e naturais, à educação, à saúde, à habitação, à segurança e à soberania alimentar.
  • A criminalização do protesto social e a invisibilidade da violência ambiental exercida especialmente contra os defensores dos direitos humanos e ambientais.
  • As consequências da crise climática (secas, inundações, incêndios, etc.) e os seus efeitos diferenciados nas comunidades das zonas rurais, montanhosas e costeiras.
  • A promoção e implementação de falsas “soluções verdes” que não constituem verdadeiras ferramentas de transformação sustentável para o ambiente.
  • A falta de políticas e iniciativas de reparação e restauração ambiental. O Norte Global não assume a responsabilidade pelos danos ambientais que gerou historicamente, sendo as comunidades do Sul Global quem paga e enfrenta as consequências ambientais.
  • Cessação dos megaprojectos extractivos: mineração, petróleo, agroindústria e megaempresas e sua substituição pela promoção de políticas alinhadas com a justiça ambiental restaurativa.
  • Respeito pela autodeterminação dos povos sobre os bens comuns, propriedade comunitária e redistribuição equitativa da terra.
  • Ratificação e cumprimento do Acordo de Escazú em nossos Estados, para a proteção dos defensores do meio ambiente.
  • Reconhecimento de alternativas ao modelo extrativista que sejam verdadeiras soluções climáticas impulsionadas pelas mulheres e pelas comunidades.
  • VAMOS ATIVAR VOZES PARA DAR VISIBILIDADE DAS PRÁTICAS QUE REALIZAMOS nos territórios diante de falsas soluções. Como defensores ambientais, promovemos estratégias para o bem viver, como a agricultura agroecológica: hortas urbanas; colher e cuidar da água; recuperação e banco de sementes nativas; reflorestamento de plantas nativas; proteção de tarefas e conhecimentos historicamente invisíveis; bioconstrução; ecoturismo comunitário; reutilização de águas cinzas; biodigestores; fogões ecológicos; monitoramento ambiental comunitário, entre outras ações para cuidar da nossa casa comum.
  • ACOMPANHAR E JUNTE-SE PARA MULTIPLICAR AS AÇÕES DE RESILIÊNCIA E MUDANÇA SISTÊMICA QUE NÓS DEFENSORES REALIZAMOS nos territórios para enfrentar a crise climática.
  • EXIGIMOS MONITORAMENTO AMBIENTAL COMUNITÁRIO, onde nós e nossas comunidades tenhamos um papel ativo na governança de nossos territórios.
  • INCENTIVAMOS A PROTEÇÃO DOS RIOS, DA ÁGUA E DE TODOS OS ECOSSISTEMAS: Amazônia, pantanales, zonas úmidas, semiáridos, puna, chaco, vales, trópicos, yungas, florestas andinas e patagônicas.
  • EXIGIMOS A TODOS OS GOVERNOS QUE RATIFIQUEM O ACORDO DE ESCAZÚ E AJUDEM-NOS A DAR-LHE INSTITUCIONALIDADE NOS PAÍSES QUE JÁ FORAM RATIFICADOS.

QUEM SOMOS

Somos mulheres indígenas, camponesas, afrodescendentes, quilombolas e precárias urbanas, defensoras do meio ambiente e zeladoras do território. Mulheres que lutam contra os megaprojetos do extrativismo e os efeitos da crise climática promovendo práticas de cuidado com a terra, o território e os bens comuns, uma vida livre de violência e focada no bem viver.

Somos membros de comunidades, movimentos, organizações e redes de diferentes países da América Latina: México, Honduras, Guatemala, El Salvador, Nicarágua, Equador, Brasil, Paraguai, Bolívia e Argentina.

ORGANIZAÇÕES PROMOTORA

 

NOSSAS EXPERIÊNCIAS DE DEFESA E CUIDADO